Viajamos no mesmo barco

Coisas más não acontecem só
a pessoas más.
As catástrofes naturais quando
chegam não contam,
não escolhem,
elas saem arrasando tudo o que
está pela frente.

Compreender o mal,
a injustiça, a miséria, as dores,
as quase insuportáveis perdas,
o desabrigo, a gente não compreende.
Não nos ensinaram tal ciência de
ter o coração assim tão perfeito
e a alma tão aberta.
Por isso choramos tanto.
E clamamos misericórdia ao Pai.
Tomamos consciência da nossa
pequenez e dependência de uma força
superior e ilimitada e nos curvamos.

Os sofrimentos e as dores nos aproximam
de Deus e tocam os corações
de outras pessoas,
que não podem e nem devem
ficar indiferentes,
por que a verdade é que estamos
todos navegando nesse mesmo barco,
que ora balança,
ora se aquieta,
sempre independente da nossa vontade.
Mas obstáculos não são pontos finais,
nem muros sem saída.

Quando se perde tudo,
mas que a vida não se perde,
é que alguma coisa ainda há pela frente.
As coisas que não podemos evitar,
vamos recebê-las e aprenderemos
a reconstruir com o que nos sobra.
Colamos um pedaço aqui e outro ali,
refazemos a vida e refazemos o mundo,
afinal,
se ele existe é por que existimos
e nossa cruz não será assim tão pesada,
se sabemos que temos alguém
que nos ajuda a carregá-la.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 25 de Junho de 2.010.

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