A IDADE DE UM SONHO
Outro dia, escutei de uma pessoa:
- "Não sei como explicar o que estou sentindo.
Sonhei tanto com isto,
tanto tempo lutando para realizar
este sonho e agora,
que o vejo realizado,
não sinto aquela alegria própria de
quem conseguiu o que queria.
É como se, durante anos,
eu tivesse buscado uma miragem."
Este trecho da conversa ficou
gravado e se repetindo na minha mente.
O que teria acontecido com aquele sonho?
Afinal,
chegar ao destino tão
desejado deveria ser motivo
de alegria.
Tanto mais alegria quanto maiores
fossem as dificuldades.
Isto é o que,
comumente, pensamos.
Mas não foi o que
aconteceu com aquela pessoa
e é o que acontece,
também,
com muitas outras pessoas.
Pensei:
por algum motivo,
os sonhos têm prazo de validade.
Quando um sonho nasce,
aflora uma motivação para a vida.
Fazemos projetos,
definimos metas e direcionamos
os acontecimentos no sentido
da sua realização.
É uma fase multicolorida,
entusiasta,
esperançosa e que nos
inspira a seguir em frente,
na busca da sua realização.
À medida que o tempo passa,
o sonho vai ganhando
corpo e robustecendo a alma.
Vencendo etapas,
atinge o seu apogeu,
distribuindo sorrisos para a
vida, pleno do encantamento
que envolverá cada espaço do
objetivo alcançado.
A juventude de um sonho
parece ser o tempo
ideal para a chegada ao seu destino.
Um tempo no qual o
encantamento revestirá com
brilho e alegria
cada instante de vida.
O sabor é intenso porque não
foi alterado pelo
cansaço de uma longa espera.
Em virtude dos repetidos
ou sucessivos obstáculos,
a longa espera acaba
fazendo a diferença.
Enquanto vencia os infindáveis
obstáculos,
o sonhador viveu novas experiências,
descortinou novos horizontes,
agregou novos valores.
O sonho permaneceu o mesmo,
mas o sonhador mudou.
O sonhador reciclou-se,
renovou-se durante a caminhada,
enquanto o sonho,
parado no tempo,
diatanciou-se,
foi perdendo o encanto e envelheceu.
Quando, enfim,
tornado real,
não tinha o sabor esperado
porque já não correspondia à
realidade existencial de
quem o sonhou.
Durante o trajeto,
foi perdendo o viço,
o vigor, a razão de ser.
Envelheceu
Um sonho envelhecido precisa
ser libertado para que
outros sonhos,
adequados à realidade,
possam nascer
e encantar a vida.
TEXTO: Lêda Yara Motta Mello
Arapiraca (AL) - Brasil
http://ledayara.terapiaholistica.net/
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 03 de Maio de 2.011.
- "Não sei como explicar o que estou sentindo.
Sonhei tanto com isto,
tanto tempo lutando para realizar
este sonho e agora,
que o vejo realizado,
não sinto aquela alegria própria de
quem conseguiu o que queria.
É como se, durante anos,
eu tivesse buscado uma miragem."
Este trecho da conversa ficou
gravado e se repetindo na minha mente.
O que teria acontecido com aquele sonho?
Afinal,
chegar ao destino tão
desejado deveria ser motivo
de alegria.
Tanto mais alegria quanto maiores
fossem as dificuldades.
Isto é o que,
comumente, pensamos.
Mas não foi o que
aconteceu com aquela pessoa
e é o que acontece,
também,
com muitas outras pessoas.
Pensei:
por algum motivo,
os sonhos têm prazo de validade.
Quando um sonho nasce,
aflora uma motivação para a vida.
Fazemos projetos,
definimos metas e direcionamos
os acontecimentos no sentido
da sua realização.
É uma fase multicolorida,
entusiasta,
esperançosa e que nos
inspira a seguir em frente,
na busca da sua realização.
À medida que o tempo passa,
o sonho vai ganhando
corpo e robustecendo a alma.
Vencendo etapas,
atinge o seu apogeu,
distribuindo sorrisos para a
vida, pleno do encantamento
que envolverá cada espaço do
objetivo alcançado.
A juventude de um sonho
parece ser o tempo
ideal para a chegada ao seu destino.
Um tempo no qual o
encantamento revestirá com
brilho e alegria
cada instante de vida.
O sabor é intenso porque não
foi alterado pelo
cansaço de uma longa espera.
Em virtude dos repetidos
ou sucessivos obstáculos,
a longa espera acaba
fazendo a diferença.
Enquanto vencia os infindáveis
obstáculos,
o sonhador viveu novas experiências,
descortinou novos horizontes,
agregou novos valores.
O sonho permaneceu o mesmo,
mas o sonhador mudou.
O sonhador reciclou-se,
renovou-se durante a caminhada,
enquanto o sonho,
parado no tempo,
diatanciou-se,
foi perdendo o encanto e envelheceu.
Quando, enfim,
tornado real,
não tinha o sabor esperado
porque já não correspondia à
realidade existencial de
quem o sonhou.
Durante o trajeto,
foi perdendo o viço,
o vigor, a razão de ser.
Envelheceu
Um sonho envelhecido precisa
ser libertado para que
outros sonhos,
adequados à realidade,
possam nascer
e encantar a vida.
TEXTO: Lêda Yara Motta Mello
Arapiraca (AL) - Brasil
http://ledayara.terapiaholistica.net/
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 03 de Maio de 2.011.
Comentários