O mundo chora

Certas pessoas brincam de viver.
E se a vida a princípio
era um grande jardim onde Deus
podia em pessoa passear,
os anos que se passaram colocaram
uma enorme barreira entre o princípio
e os dias atuais.

Progredimos, evoluímos,
crescemos mais
na nossa própria direção e
nos distanciamos da Mão que
plantou a primeira flor.
Tudo o que tem acontecido
no mundo nos assusta,
as catástrofes abalam tanto nossos
corações quanto as cidades
e civilizações.

Mas me pergunto
se aprendemos com isso.
Me pergunto se aprendemos
que a vida não é um
enorme brinquedo e que nem
sempre estamos preparados
para as conseqûências
dos nossos próprios atos.

Me pergunto ainda se
depois teremos uma idéia diferente
de como gerenciar a vida,
cuidar do que temos
e respeitar a natureza e
nossos irmãos.

O mundo chora atualmente
e os céus choram também.
E não somente porque a terra
se abala e treme,
mas porque nossas casas têm grades,
porque somos presidiários
em uma sociedade que se diz
livre e democrática.

Não vamos onde queremos,
mas onde nossa ousadia permite.
Saímos de casa e não sabemos
se vamos voltar.

Dormimos,
nem sabemos se vamos acordar.
Temos domínio sobre muitas coisas,
mas não dominamos o universo.
E isso aprendemos com muita dor.
Nos ensinam que somos fortes e podererosos,
mas nem sempre se lembram
de dizer que existe um Deus superior
e maior que todas as nossas
forças reunidas,
maior que todas as nossas invenções,
criações e manipulações.
Tudo o que acontece,
porém,
não deve nos deixar desanimados.

Tudo isso deve,
ao contrário, nos acordar,
reforçar uma fé por vezes
pequena demais.
Não estava escrito?
Não estava previsto?
Apenas vemos e vivemos o
que já sabíamos.

Deus não é culpado.
Deus permite,
o homem faz,
a natureza se rebela e todo
mundo chora.

Ainda assim há uma Mão estendida,
uma paz prometida e um
futuro glorioso para os que acreditam
e vivem hoje como se fosse o último
caminho a ser percorrido.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 14 de Maio de 2.011.

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