Quando dói o coração

Quando dói o coração,
todo o corpo dói.

Por que permitimos
que as pessoas entrem
assim tão dentro da gente
a ponto de sairem
carregando um pedaço de
nós quando partem?

Por que nos damos tanto,
nos entregamos tanto,
nos deixamos tanto
em mãos não tão cuidadosas
dos nossos sentimentos?

Deveríamos aprender a
ficar na margem,
olhando de longe a paisagem
calma e nos satisfazer
dessa visão,
como quem se fascina
com uma miragem.

Mas não nos satisfaz olhar.
Humanos que somos,
precisamos absolutamente sentir,
ao risco de nos afogar...
e mergulhamos inteiramente.

E, vida afora,
vamos mergulhando
em promessas de amor eterno,
felicidade infinita e mar
de rosas.

Não nos questionamos
sobre probabilidades
de perdas e decepções,
pois só de pensar já
é doloroso.

Dói... dói... dói e dói!...
Mas isso não vai nos
impedir de continuar,
não vai nos impedir de viver.

Pedaços de nós são
ainda partes de
nós e ninguém disse que
precisamos chegar à velhice
inteiros e sem marcas.

Isso é vida!!!
Não desistir, manter-se de pé,
doendo, mas de pé,
cabeça erguida na direção
do desconhecido
e peito cheio de esperança
que a próxima vez
será diferente.

Grandes artistas obtiveram
o melhor das suas
obras nos grandes momentos
de aflição e dor.

Faça o mesmo:
Mostre o que de grande
há em você tirando partido
das suas decepções!

Construa-se!!!

Tenha em mente que não
é você que não foi digno
daquele amor,
mas aquele amor que não
foi digno de você.
E se faz parte da vida
caminhar entre flores e espinhos,
não se esquive do caminho.

Caminhe!!!

Amanhã talvez seja diferente.
E talvez não.
Mas entre as subidas e descidas,
você vai ter sobrevivido.
E vai ter, sobre tudo,
vivido.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 05 de Julho de 2.011.

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