QUANDO OS PAIS ENVELHECEM...

"Honra a teu pai e a tua mãe,
para que se prolonguem
os teus dias na terra que o
SENHOR teu Deus te dá."
- Êxodo 20.12 -

Talvez a mais rica,
forte e profunda experiência da
caminhada humana seja a de
ter um filho.

Ser pai ou mãe é provar
os limites que constituem o sal e o
mel do ato de amar alguém.

Quando nascem,
os filhos comovem por sua fragilidade,
seus imensos olhos,
sua inocência e graça.
Eles chegam à nossa vida com
promessas de amor incondicional.
Dependem de nosso amor,
dos cuidados que temos.
E retribuem com gestos
que enternecem.

Mas os anos passam e
os filhos crescem.
Escolhem seus próprios caminhos,
parceiros e profissões.
Trilham novos rumos,
afastam-se da matriz.

O tempo se encarrega da formação
de novas famílias.
Os netos nascem.
Envelhecem.

E então algo começa a mudar.

Os filhos já não têm pelos pais
aquela atitude de antes.
Parece que agora só os ouvem
para fazer críticas, reclamar,
apontar falhas.

Já não brilha mais nos olhos
deles aquela admiração
da infância.
E isso é uma dor imensa
para os pais.

Por mais que disfarcem,
todo pai e mãe
percebem as mínimas faíscas
no olho de um filho.

Apenas passaram-se
alguns anos e parece que
foram esquecidos,
os cuidados e a sabedoria que
antes era referência para
tudo na vida.

Aos poucos,
a atitude dos filhos se
torna cada vez mais impertinente.
Praticamente não ouvem
mais os conselhos.
A cada dia demonstram
mais impaciência.
Acham que os pais têm
opiniões superadas,
antigas.

Pior é quando implicam
com as manias,
os hábitos antigos,
as velhas músicas.

E tentam fazer os velhos pais
adaptarem-se aos novos tempos,
aos novos costumes.

Quanto mais envelhecem os pais,
mais os filhos assumem
o controle.
Quando eles estão bem idosos,
já não decidem o que
querem fazer ou o que desejam
comer e beber.

Raramente são ouvidos quando
tentam fazer algo diferente.

Passeios, comida,
roupas, médicos, tudo,
passa a ser decidido
pelos filhos.
E, no entanto,
os pais estão apenas idosos.
Mas continuam em plena
posse da mente.

Por que então desrespeitá-los?

Por que tratá-los
como se fossem inúteis ou crianças
sem discernimento?

E, no entanto,
no fundo daqueles olhos
cercados de rugas,
há tanto amor.
Naquelas mãos trêmulas,
há sempre um gesto que abençoa,
acaricia.

A cada dia que nasce,
lembre-se,
está mais perto o dia
da separação.

Um dia,
o velho pai já não
estará aqui.
O cheiro familiar da mãe
estará ausente.
As roupas favoritas para sempre
dobradas sobre a cama,
os chinelos em um canto
qualquer da casa.

Então,
valorize o tempo de agora
com os pais idosos.

Paciência com eles quando
se recusam a tomar os remédios,
quando falam
interminavelmente sobre doenças,
quando se queixam de tudo.

Abrace-os apenas,
enxugue as lágrimas deles,
ouça as histórias,
mesmo que sejam repetidas,
e dê-lhes atenção,
afeto...

Acredite:
dentro daquele velho coração
brotarão todas as flores da
esperança e da alegria.

OBS:
Não encontramos autoria do texto acima,
mas gostaríamos de dar os créditos
merecidos a quem o escreveu.
Caso queira colaborar conosco,
envie um e-mail para:
mensagem@toninholima.com.br
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 15 de Junho de 2.012.

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