Jesus e os outros


A Humanidade vive uma
profunda crise ética.
As notícias publicadas nos mais
diversos veículos de comunicação
são desanimadoras.

A um olhar superficial,
parece que o mal leva a
palma do mundo.
A política afunda na corrupção.
A violência campeia solta
pela sociedade.
A falta de pudor se afigura o signo
das novas gerações.
A esperteza obtém mais resultados
do que a lealdade.
A sonegação de tributos chega
a ser apontada como
legítima defesa.

Ante tanta sujeira e deslealdade,
ser honesto parece algo exótico.
O homem menos refletido
pode se perguntar:
"Compensa ser correto?

Em um
mundo desonesto e envilecido,
não seria melhor também
tirar vantagem?"

Para ponderar sobre a questão,
convém recordar as lições do Cristo.
Em determinada passagem do Evangelho,
Pedro indaga ao Mestre a respeito do destino
e das tarefas de outro discípulo.

Jesus, de forma bem significativa,
responde:
"Que te importa a ti?
Segue-Me tu."

A lição é clara.
Cada qual somente é responsável
por bem desempenhar seu
papel no mundo.

Evidentemente,
devemos nos auxiliar uns aos outros.
Afinal,
o Messias exortou-nos ao
amor recíproco.

Contudo,
cada um vive o seu
momento peculiar.

Do mesmo modo que não
é possível colher frutos antes do tempo,
um homem não pode apresentar virtudes
que ainda não desenvolveu.

Mas,
a criatura comprometida
com os valores cristãos,
não pode utilizar a venalidade
alheia como desculpa.

Quem já se conscientizou
da importância da honestidade,
tem o dever de ser estritamente leal,
até às últimas conseqüências.

Jesus afirmou que a cada um será
dado segundo suas obras.

Assim,
não importa que os
outros vivam iludidos.
O compromisso do cristão é com
a própria consciência.

A dignidade é uma
recompensa em si mesma.
Por incitar ao cumprimento dos deveres,
ela propicia a paz íntima duradoura.
Um tesouro que ninguém pode roubar.
Você não é responsável pelo mundo,
mas responde por todos os seus atos.
O seu viver digno e ético
certamente contribuirá para a
construção de uma sociedade melhor.

Por outro lado,
de que lhe adiantaria tentar viver
adaptado a um mundo corrupto?

Você já anseia por outros valores.

A falta de pudor e de comedimento,
de dignidade e de brios não mais
combinam com você.
Além disso,
ao final de sua vida,
você certamente se arrependeria
de não ter sido fiel aos seus
mais puros anseios.

Viva, pois, com dignidade.

Ante a desonestidade e a indignidade,
ofereça seu viver ilibado.
Preserve a pureza de seus atos,
independentemente do que
façam os outros.
Uma das virtudes
a serem adquiridas pelo Espírito
em sua jornada pela eternidade
é a tolerância.
E onde é possível ser tolerante,
senão no meio da ignorância?

Entre Espíritos puros,
você não teria ensejo de
conquistar essa qualidade.
Assim,
considere a sua vida na
Terra como uma luminosa
oportunidade.
Conviva tranqüilamente entre os corruptos,
sem se deixar iludir pela corrupção,
sabendo que apenas lobos caem em
armadilhas para lobos.
Perceba e tenha piedade
dos erros alheios.

Mas,
lembre que seu
compromisso é com as Leis Divinas
e com sua própria consciência.

TEXTO: Equipe de Redação do Momento Espírita.
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 28 de Setembro de 2.012.

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