O caminho de volta
Até os 35, 40 anos,
a existência é totalmente
voltada para fora:
trabalhar, procriar, produzir.
Na segunda metade da vida,
começa a jornada para o mundo
interno e para a busca
de uma espiritualidade
mais intensa.
De repente,
o coração pede uma maior
profundidade.
Surge o desejo de procurar
outro sentido para a vida
e uma conexão com
algo maior.
Seguindo esse forte impulso,
nos tornamos
buscadores espirituais.
Ao trilharmos esses novos caminhos,
surgirão riscos e perigos,
mas também
infinitos presentes e alegrias.
No começo,
pode ser algo difuso,
um sentimento de que alguma
coisa não vai bem.
A vida pode estar até boa,
mas parece sem sentido.
O coração clama por
mais alívio, paz, alegria,
não mais com base no que
nos oferece o mundo material,
mas a partir de algo mais
interno e profundo.
Assim,
se inicia uma jornada
que pode levar anos até
chegar a um porto seguro.
E começamos
a nos conhecer melhor,
a escutar nosso coração
e a nos desapegar das coisas
desnecessárias.
É o caminho de volta
para casa.
Muitas vezes silencioso,
reflexivo, mas,
na maioria do tempo,
questionador daquilo
que vale a pena.
Nesse ponto,
já entendemos que
independentemente da escolha,
sempre ganhamos e
sempre perdemos.
É a lei da polaridade,
do alto e do baixo,
da luz e da escuridão.
Para termos equilíbrio,
precisamos conviver
com a nossa sombra.
E também já sabemos,
que para evoluir,
precisamos nos relacionar
cada vez mais uns com os outros.
Por tudo isso,
é preciso clareza em cima do
que se está buscando.
Em outras palavras,
se é alívio financeiro,
talvez seja melhor se empenhar
mais no trabalho ou trocar
de atividade profissional,
se não estiver satisfeito
com seus rendimentos.
Se o caso for
uma desilusão amorosa,
uma terapia pode ser
mais indicada.
Mas se a busca
for pela espiritualidade,
se aquiete,
confie e vá ao encontro
do único que pode
te trazer paz:
Jesus!
TEXTO DE: Vanderlei Miranda
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Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 02 Fevereiro de 2.014.
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