Natal é Vida que nasce

“Natal é vida que nasce.
Natal é Cristo que vem.
Nós somos o seu presépio,
e a nossa casa é Belém.”

Mais uma vez é natal.
As quatro semanas de advento
nos convidaram à reflexão,
avaliação e transformação.
Porém,
há muita confusão.
As luzes,
os enfeites e o comércio,
escondem e maquiam
o verdadeiro natal.

As luzes e os enfeites
não podem esconder
as causas do sofrimento
e dos transtornos da vida
das pessoas.
Há muita violência,
corrupção,
desestruturação familiar,
perda de valores,
empobrecimento, discriminação, ...
Como falar do natal,
sem sucumbir...

Em meio a esta realidade,
dá a impressão que os céus
continuam fechados.
Perguntamo-nos:
onde está Deus?
Pode ser que o natal
nos faça esquecer,
por um instante,
essa realidade.
Faz-nos tomar distância.
Aliás,
isso é necessário.
Natal pode ser também
uma pausa para dirigir
a atenção a Deus,
trazendo-nos
a sensação da alegria,
da paz,
de um mundo mais fraterno.
Contudo sabemos que
isso é ilusão.

Mas é uma ilusão bonita.
Nós precisamos do Natal
como uma espécie de terapia.
Mas onde está Deus?
 Em nossos sonhos,
nossas ilusões,
em nossas festas?
Não!
Deus está na manjedoura.
Está em Jesus,
o filho de Maria,
nascido em Belém.
Ali tudo é muito real,
a falta de espaço para
o menino Jesus,
a chacina de Herodes e a
fuga para o Egito.
Tudo isso faz parte da história de Natal
(e nós gostamos de maquiar).

Quem acompanha
a vida de Jesus enxerga
muito pecado humano,
enxerga o sofrimento da vítima,
enxerga a cruz.
Natal não permite passar
de olhos fechados ao largo
das duras realidades de
nosso mundo.
Natal faz parte de uma
história que traz as
marcas da brutalidade,
do cinismo,
da falta de paz.

Contudo,
em Jesus está a presença
de Deus.
Ele vem não com força,
mas com amor.
Pois o amor,
se autêntico,
é mais forte que todas
as armas do mundo.

As armas só destroem,
o amor constrói.
Jesus vem para construir:
a fé,
o amor e a esperança
em meio à nossa miséria.
Natal não é pausa.
Ao contrário,
 é um novo início,
no qual Deus quer nos
salvar do desespero e da ilusão.
Por isso,
Paul Gerhardt mesmo em
meio aos sofrimentos,
 teve a coragem de escrever:
“Eis que a promessa se cumpriu:
Em Cristo o próprio céu se abriu”.

Que essa verdade se torne
realidade para nós,
capacitando para a glorificação
de Deus nas alturas e para
a promoção da paz,
entre as pessoas a quem
ele quer bem.
E desta maneira fazer de
 nossa casa Belém,
e de nossa vida
o presépio onde Cristo,
nasce e renasce,
para trazer vida e salvação.

TEXTO: P. Cristian Donat
Paróquia de Mondaí
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 24 de Dezembro de 2.014.
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