Que sentido você dá ao seu trabalho?

Você já teve a oportunidade de ver filas de gado entrando para o abate?

E filas de trabalhadores entrando para o trabalho em uma grande empresa?

Eu já tive a oportunidade de observar por diversas vezes as duas cenas e apesar de serem diferentes, na minha percepção, elas tem algo em comum: A falta de animação, de vida e coragem de seus personagens principais. 

Parece que o gado pressente o que está por acontecer e as pessoas como seres racionais, e pela experiência, sabem o que vai acontecer e isso reflete em suas faces e fisionomias.

Fico me perguntando o que causa tanto desânimo: Será a nova forma de organização do trabalho ou a falta de sentido que as pessoas veem em seu trabalho ou ainda a representatividade histórica do que vem a ser o trabalho?

Não é uma questão de múltipla escolha. Pode ter um pouco de cada um desses ou de outros fatores.

Apesar de saber das influências do sistema de produção implantado sobre a forma de vida e trabalho, chego a conclusão que uma grande maioria ainda não encontrou sentido no trabalho que realiza. 

Grande parte dessas pessoas ainda enxerga o trabalho de uma forma isolada e não o contexto global onde aquela “pequena” tarefa vai contribuir para o sistema como um todo, e aí elas se diminuem ao tamanho da tarefa que “acha”que faz ao invés de se elevar pela grandiosidade da obra completa. 

Explico melhor, a grande contribuição de uma pessoa que instala tijolos em uma construção, a meu ver, não se resume a tarefa de instalar tijolos, ela pode estar ajudando a construir, por exemplo, um edifício que dará abrigo a lares e à realização de muitas pessoas. 

Esse exemplo pode ser estendido todas as áreas da atuação humana.

O trabalho ainda é visto, por alguns, como tão somente uma forma de atender as satisfações primárias do ser humano como: moradia, alimentação, vestuário, dentre outras. 

Sem demagogia, o trabalho cumpre também essas funções, mas não são só essas. Acima de tudo é uma forma de transformação e realização humana.

Enquanto transformamos aquilo que fazemos nos transformamos também enquanto pessoas e nos elevamos.

Para preservarmos a nossa integridade, tanto física como mental, é importante buscarmos sentido para o que fazemos. Isso não significa somente fazer o que gosta, mas aprender, em alguns casos, a gostar do que faz.

TEXTO DE: Ana Meira
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Texto lido no programa "Madrugada Viva Liberdade FM" no quadro "Momento de Reflexão" no dia 01 de Maio de 2.017.
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