MAIS UM FIM DE ANO? E O QUE FAREMOS AGORA? DE DIFERENTE, DE OUSADO, DE INOVADOR, DE MELHOR?

Mais um fim de ano? Quem inventou o calendário, deduzo, não tinha a intenção de contar as horas, os dias, as colheitas. Muito menos as festas. Estava prevendo o futuro.

De alguma forma inexplicável, em seu íntimo, já sabia o que iria acontecer. Gerações posteriores usariam as festas de fim de ano para reunir-se em família, ao menos uma vez, para compartilhar alegrias, trocar presentes, sorrir, abraçar. Esquecendo as mágoas. Para perdoar. Aos outros e a si mesmo. Pelas falhas. Pelas faltas.

Mais um fim de ano, para refletir em tudo que passou. Nas realizações. Nas coisas que não foram feitas. Nas palavras ditas. E as mal ditas também. Outro fim de ano que chega e passa, para nos levar a uma auto análise: de quem fomos, quem somos e quem queremos ser. 

Para lembrarmos das pessoas que conhecemos, das que nos distanciamos. E pensar sempre mais nas que tanto amamos.

Mais um fim de ano para renovar os votos de paz, saúde e felicidade. Uma paz que vai acabar no mesmo dia em que se encerram as férias. Uma saúde que vai começar uma dieta na segunda-feira, após um fim de semana altamente desregrado. Uma felicidade que ninguém sabe onde fica, que é projetada para outros lugares, outras pessoas, e fica sendo adiada para o próximo fim de ano, seguido do novo ano. Um grande ano novo.

Quem dera os pedidos da meia-noite se tornassem tão reais. O mundo seria muito mais belo. O melhor lugar para se viver. Pois duvido que alguém não deseje algo super tudo de bom para si mesmo após a contagem regressiva.

Mais um fim de ano… E o que fazemos agora? O que faremos depois? De diferente? De ousado? De inovador? De melhor?

Mais um fim de ano, pra você e pra mim? Ou só na folhinha do calendário? Nas agendas de compromissos vários?

Mais um fim de ano com listas de coisas: por fazer, não feitas, desfeitas, de sonhos, de medos, de planos, de memórias, de coisas para deixar para trás, de coisas para concluir… É isso mesmo? Mais um fim de ano?

Para desejar aos outros as mesmas coisas que desejamos no fim de ano anterior?

Deveríamos desejar e oferecer o que há de melhor às pessoas não apenas no final de cada ano, e no início de um suposto novo. Deveríamos manter o desejo todos os dias. O ano todo. E ao final, poderíamos perder as contas das realizações e fazer, de fato, apenas uma comemoração. Reunindo todos os irmãos, de fé, num amor que é único.

Enquanto esse ano não chega, vamos festando o fim de mais um ano. E escolher com quem e onde passaremos a virada.

Mais um fim de ano. Já sabem o cardápio? Já separam as roupas? E quais as cores preferidas que fecharão e abrirão mais um ano?

Que estejamos todos de branco, que é a união de todas as cores… E doemos de nós, para todos nós, não só mais um voto de fim de ano, mas a paz e o amor de que todos somos feitos, apesar de humanos.

TEXTO DE: Marcinha Girola
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Texto lido no programa "Madrugada Viva Liberdade FM" no quadro "Momento de Reflexão" no dia 30 de Dezembro de 2.017.
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